CONFERÊNCIA DE 16 DE DEZEMBRO DE 2019
«ESTÉTICA,POLÍTICA E ARTES — 7.º Seminário Aberto de Investigação (2019)». —
No âmbito deste encontro, pronunciei, no dia 16 de dezembro, pelas 15h50,
na Sala 1 de Reuniões da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, a
comunicação que se segue: D’A
SOCIEDADE DO ESPECTÁCULO (1967) AOS COMENTÁRIOS
(1988): UM «CORTE EPISTEMOLÓGICO»? UMA HIPÓTESE HERMENÊUTICA SOBRE A OBRA
DE GUY DEBORD.
Para os leitores desta Montr@, aqui fica o resumo da minha
intervenção:
Tanto A Sociedade do Espectáculo como os Comentários sobre a mesma revelam, além do título, a
particularidade comum de antecederem, com um ano tão-somente de diferença, dois
eventos‑chave que explicam, em grande medida, a natureza pós‑revolucionária do
presente: Maio de 1968 e o desmantelamento, há precisamente trinta anos, do
Muro de Berlim. (A propósito destes
livros, que antecipam notavelmente a lógica dos acontecimentos, não é de
somenos realçar a inteligência histórica do seu Autor.) No
que toca à relação entre os dois textos, contudo, ou se admite a auto‑interpretação
debordiana, de acordo com a qual ambos se complementam, ou reconhecemos, pelo
contrário, a presença de um «corte epistemológico», pondo em causa, por
consequência, a unidade revolucionária da obra de quem não só fundou a
Internacional Situacionista, mas também a dissolveu. Em conformidade com a
primeira hipótese, Maquiavel, em especial, acaba por prolongar Marx; com a
segunda, porém, abandona-se o campo de análise da economia política,
substituindo-o, aparentemente, por uma lógica policial. Porque se nos afigura
mais justa a linha interpretativa que Guy Debord perfilha, se bem que não
esteja isenta de dificuldades, vamos argumentar a seu favor.
Etiquetas: CONFERÊNCIA, Guy Debord
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