terça-feira, 23 de janeiro de 2007

FRAGMENTOS DE UM DIÁRIO POR ESCREVER [IV]

Enquanto crescem as tardes, na sua lentíssima despedida do Inverno, encurta‑se a vida de quem escreve há quase trinta anos. Não lhe dá descanso o pensamento, assassino, de que possui já mais passado que futuro. Lá fora, caindo com a fúria calada dos obsessivos, mima a chuva miudinha um cerimonial antigo: o silabar interminável de um lavrador de palavras cegas.

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1 Leituras da Montr@:

Blogger Unknown disse...

Que não te apoquente o calendário da idade, pois que o futuro é agora e é risonho.
Bjo.

4:35 da tarde  

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