TÁBUA IV
escutar as estrelas será ofício caseiro dos muitos olhos
e ainda por aqui abertos ao trabalho artesanal da retina
onde entre o céu e a terra sementes de nenhuma distância
fosse ela agora a que atravessa qual neutrino da palavra
a matéria dos pássaros insuspeita ou se assim toda fosse
ficassem aquelas em proveito dos insectos do vento norte
doutro modo não sendo pois a marinheiro só chega a farda
que o homem em casa fica com a vida perto da criança ida
e sem saber como o cais retorna à pedra do que antes era
em formas paradas nau até voltarmos nós aos nossos nomes
EURICO DE CARVALHO
In «O Tecto»,
Ano XVIII, n.º 56,
Dezembro/2006, pág. 13.
Etiquetas: POESIA
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