CEM PALAVRAS [VI]
Para que serve uma chave? «Pergunta fútil!» — dir‑me‑á quem não for além da brutalidade da matéria. Mas se não poluirmos os olhos com a excessiva imagem da coisa à vista, seremos capazes de abrir e fechar outras portas. O poder do símbolo é bem real, levando o pensamento a gatinhar de novo: criança suspensa entre o dia e a noite. Pode, pois, o mundo retornar à santa manhã dos porquês, enquanto o escriba, arfando, desacorrenta o discurso do colete‑de‑forças da ciência. Pede‑se‑lhe mais: a criação da máquina de fazer nevoeiro. Para quê? Para roubar à fechadura a felicidade da chave.
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