segunda-feira, 27 de fevereiro de 2006

CAVALO DE FOGO

Deixa‑me dormir com labaredas mil na língua solta.

Junto à tua boca: respirar, querer simplesmente

ouvir teu corpo mudar‑se em mar. Vertigem

de um búzio novo: cais a sul deste sal preso

pela alegria de um cavalo de fogo desfilando

à chuva. E venha a luz depois: seremos dois

lado a lado, azul e céu, a dobrar o cabo da claridade.

Eurico de Carvalho

Poema publicado em Setembro de 2003

no jornal «O Tecto» de Vila do Conde

(Ano XV: N.º 42). Cf. página 2.

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