OUTUBRO
Enlaçando o Sol a Lua sobre a pele
das videiras de Outubro (altaneira ave branca
de tantas noites sem nome), solta-se
em ti, mulher, todo o mel: rio maior, já manso,
que escorre lume lento e basto
por entre beijos e vinho novo.
E enquanto como o pão doce que me deste
— de milho de girassol, áurea flor —
nossa mesa semelha simplesmente o altar
de algum deus muito limpo que há-de vir.
In «O Tecto»,
Ano XIV, n.º 38,
Outubro/2002, pág. 7.
Etiquetas: POESIA
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