quarta-feira, 5 de julho de 2006

TÁBUA II

símil de lémure o corvo irresponsável da imberbe alegria

onde houvesse dela baixel de lágrima do agora inavegável

interior mar importante ao nosso outro sargaço terrestre

dos deuses sempre prestes a serem a arte inútil da morte

aquela praia de terras imersas por marés de animal lunar

sinédoque de quem não quer grafito em fressuras de lírio

ao qual o tráfico solar diria a cor química da esperança

essa presença difícil da retórica contra a pressa do dia

ser na noite memória em prosa e aquática do que foi oiro

passarola pouca de quem quis ter o combustível de abelha

Eurico de Carvalho

In «O Tecto»,

Ano XVIII, n.º 54,

Julho/2006, pág. 6.


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