TÁBUA II
símil de lémure o corvo irresponsável da imberbe alegria
onde houvesse dela baixel de lágrima do agora inavegável
interior mar importante ao nosso outro sargaço terrestre
dos deuses sempre prestes a serem a arte inútil da morte
aquela praia de terras imersas por marés de animal lunar
sinédoque de quem não quer grafito em fressuras de lírio
ao qual o tráfico solar diria a cor química da esperança
essa presença difícil da retórica contra a pressa do dia
ser na noite memória em prosa e aquática do que foi oiro
passarola pouca de quem quis ter o combustível de abelha
Eurico de Carvalho
In «O Tecto»,
Ano XVIII, n.º 54,
Julho/2006, pág. 6.
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