TÁBUA III
do longe aguado faço águas de mulher em alfabeto braille
para morrerem pela cegueira os olhos que em viagem navio
e em mapas completos de relevo ao vale semelhante segura
o exemplar marítimo dos orgasmos de areia nele destruída
ou durante o amor ou por dentro dos minutos que se foram
embora antes de termos horas e modo neutro de falar dele
não houvesse ainda palavras de cultura para aquém do mar
como se nada de nós dissesse o pólen encalhando no vento
enquanto abelhas em greve estiveram em flores sem estame
por falta de igual trabalho jardineiro ao redor do mundo
Eurico de Carvalho
In «O Tecto»,
Ano XVIII, n.º 55,
Setembro/2006, pág. 3.
Etiquetas: POESIA
1 Leituras da Montr@:
Pois, pois ... A culpa, agora, é do jardineiro !!!
Fica bem
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