sábado, 25 de março de 2006

ANUNCIAÇÃO


Nem sei como dizer-te a alegria com que espero
a palavra mais lúcida, secreta e semovente.
Dela, sabe-lo, se alimenta em pleno espaço
a incerta rotação dos amantes e a certeza
de ser seu o repouso. Seja ela a rosa de cristal
que amanhece em tua boca adolescente. E, crê,
por entre o orvalho — hálito da manhã —,
nunca será nosso o esquecimento do Sol.

Eurico de Carvalho

Poema publicado em Dezembro de 2002
no jornal «O Tecto» de Vila do Conde
(Ano XIV: N.º 39).
Cf. página 2.



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