Amar
Amar por Eurico de Carvalho
(Para Almeida Garrett.)
Não sei, amor, amor que não amar,
nem vinho que em mim não seja ceia.
Bebê lo é termos lenha que se ateia,
quando a Lua encontra o seu lugar.
Amar, amor, é ser maior, amigo
de quem colhe em nós o nosso alor.
(Sabê lo ei colher eu, que o digo,
se além destas palavras não for?)
Não sei amar, amor, senão por ti,
mas sempre, mulher, confesso!, menti
por haver outra a seguir ao beijo.
Não sei, se não te amo, amor, amar te
por ser por mor de mim o meu enfarte.
Amar, amor, era amar sem desejo!
Eurico de Carvalho
In «O Tecto»,
Ano XVIII, n.º 56,
Julho/2007, pág. 13.
(Para Almeida Garrett.)
Não sei, amor, amor que não amar,
nem vinho que em mim não seja ceia.
Bebê lo é termos lenha que se ateia,
quando a Lua encontra o seu lugar.
Amar, amor, é ser maior, amigo
de quem colhe em nós o nosso alor.
(Sabê lo ei colher eu, que o digo,
se além destas palavras não for?)
Não sei amar, amor, senão por ti,
mas sempre, mulher, confesso!, menti
por haver outra a seguir ao beijo.
Não sei, se não te amo, amor, amar te
por ser por mor de mim o meu enfarte.
Amar, amor, era amar sem desejo!
Eurico de Carvalho
In «O Tecto»,
Ano XVIII, n.º 56,
Julho/2007, pág. 13.
Etiquetas: Dar voz alta à poesia
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