Doze de Novembro
Doze de Novembro por Eurico de Carvalho
Entraste em minha casa ainda com certeza
de haver luz em Novembro. Mas doze eram
os dias, se bem te lembras, mulher, desse mês
incandescente. Deste-me logo o braço para a dança
das palavras: castanhas docemente assadas e muita
água-pé. (Estava, quando vieste, à espera do ouro
dos versos.) Pois não tremeste perante a juba negra
de um leão quase jovem, de partida para o Inverno.
Dos livros que cedo li tiraste-lhes o peso do pó
sábio. E se agora escrevo no Verão, meu amor,
só tu sabes porquê. (Deixa-me dizê-lo a toda a gente.)
Entraste em minha casa ainda com certeza
de haver luz em Novembro. Mas doze eram
os dias, se bem te lembras, mulher, desse mês
incandescente. Deste-me logo o braço para a dança
das palavras: castanhas docemente assadas e muita
água-pé. (Estava, quando vieste, à espera do ouro
dos versos.) Pois não tremeste perante a juba negra
de um leão quase jovem, de partida para o Inverno.
Dos livros que cedo li tiraste-lhes o peso do pó
sábio. E se agora escrevo no Verão, meu amor,
só tu sabes porquê. (Deixa-me dizê-lo a toda a gente.)
Eurico de Carvalho/17.06.05
Poema publicado em Fevereiro de 2006 no jornal «O Tecto» de Vila do Conde
(Ano XVIII: N.º 52). Cf. página 10.
Etiquetas: Dar voz alta à poesia
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