«A democracia é o único sistema, o único paradigma constitucional, no qual, em princípio, se tem ou se dá o direito de tudo criticar publicamente, incluindo a ideia da democracia, o seu conceito, a sua história e o seu nome. Incluindo a ideia do paradigma constitucional e a autoridade absoluta do direito. É, portanto, o único que é universalizável, e daí advêm a sua chance e a sua fragilidade. […] para que esta historicidade — única entre todos os sistemas políticos — seja integral, há que subtraí‑la não somente à Ideia, em sentido kantiano, mas a toda e qualquer teleologia, a toda e qualquer onto‑teo‑teleologia.»
Jacques Derrida
In Vadios — Dois Ensaios sobre a Razão (2003). Trad. de Fernanda Bernardo, Hugo Amaral e Gonçalo Zagalo. Coimbra: Palimage, 2009, p. 169.
Pavilhão auricular de inúmeros corações do orbe celeste.
De muitas luas mudas ledor maior.
Escrivão de horas mais que mortas.
Escritor sem contrato de leitura.
Autor à procura da inteligência
dos leitores. Deste espaço virtual & do outro.
E que trarei eu, navegador de outras lides, a esta cena internáutica? Muitos éditos. Dar-lhes-ei a possibilidade de encontrar novos leitores. Se eles iluminarem o caminho de alguns, cumprir-se-á humildemente o seu destino. Em todo o ciberespaço, novo Oeste, cresce à velocidade do colibri a comunidade dos cidadãos da blogosfera, território prenhe de sementes de uma democratização do uso público da palavra. Para o mal e para o bem, alcança agora a ágora os limites do mundo inteiro.orcid.org/0000-0001-9506-1700CURRICULUM VITAE